Michel Chion e a audiovisão

*por Luis Henrique dos Santos

Em busca de conceitos e definições compatíveis com o meu objeto de estudo, realizei uma imersão na obra do compositor e teórico francês Michel Chion, principalmente em “Audiovisão”, a sua contribuição de maior notoriedade, publicada originalmente em 1993. 

No livro, o autor propõe uma análise do som no audiovisual enquanto potência criativa e geradora de significado, caracterizada por uma variedade complexa que inviabiliza a redução do universo sonoro a uma unidade estrutural ― daí a afirmação “a banda sonora não existe”, comumente associada ao texto. 

Além disso, são propostas a teoria dos 3 tipos de som ― música, linguagem e ruído ― e a teoria dos 3 tipos de escuta: a escuta semântica, que se refere aos códigos utilizados para interpretar uma mensagem, a escuta causal, que se refere à informação que associamos através do som sobre sua causa, e a escuta reduzida, responsável por fixar os sons para a assimilação de suas especificidades. 

Agora, retorno à obra de Pierre Schaeffer, cujas contribuições foram uma grande referência para Michel Chion, especialmente no que tange à percepção do som. 

Deixe um comentário