Memórias da prática científica: o novo projeto do NeuroMat

*por Isabela Tosta Ferreira

Olá!

Meu nome é Isabela Tosta Ferreira, sou historiadora e professora de História formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Desde o início da graduação, me interesso muito em trabalhar com história oral, entrevistas e registros de pessoas e grupos de pessoas em seus contextos.

Essa sou eu 🙂

A partir deste mês de Junho, passo a integrar a equipe de difusão científica do CEPID NeuroMat com o objetivo de documentar e construir memórias do processo de construção de conhecimento dentro do NeuroMat.

O projeto se chama “EXPERIÊNCIA NEUROMAT: memórias da prática científica” e a ideia é conseguir registrar os coletivos de pesquisadores e pesquisadoras do NeuroMat nas suas rotinas e processos.

O conhecimento científico é um processo construído por muitas mãos, em um espaço de tempo longo e bastante diverso. Sobretudo quando as pesquisas possuem escopos maiores, como é o caso dos temas investigados pelo NeuroMat, é raro que alguém trabalhe sozinho (a/e).

A intenção neste projeto é mostrar esse lado do trabalho científico, e registrar o dia a dia de alguns grupos de pesquisa, suas reuniões, debates e processos de pesquisa, da forma como eles acontecem na prática.

No campo da pesquisa, investigarei as possíveis relações entre história do tempo presente, memória e comunicação científica, buscando conexões e possíveis atuações conjuntas destas áreas do conhecimento.

Nos próximos dias, passarei a compartilhar com vocês a minha rotina de trabalho, as reuniões de equipe e reflexões da pesquisa. Até breve 🙂

A escrita de um artigo de divulgação científica

* Por Miréia Figueiredo

Na reunião da equipe de difusão dessa semana (17/06), tivemos a presença do diretor do NeuroMat, Antonio Galves e da pesquisadora principal, Claudia Vargas. Ambos escreviam um artigo de divulgação científica sobre a conjectura do cérebro estatístico e apresentaram algumas das dificuldades de explicar um conceito complexo em termos inteligíveis para o grande público.

Nós, da área da comunicação, pudemos participar desse processo dando algumas sugestões de termos que podiam ser substituídos sem que houvesse grande alteração no sentido da frase e ajudando a construir períodos mais simples. Foi uma reunião bem diferente do que costumamos fazer, mas bastante ilustrativa sobre o dilema: explicar um conteúdo de forma simplista/reducionista x explicar um conteúdo de forma muito técnica.

Além disso, foi mais uma oportunidade de conhecermos em detalhes o projeto fundador do NeuroMat, o modelo matemático para redes de neurônios, no qual a probabilidade de disparos futuros depende da evolução total do sistema desde o último disparo.

Ajustes técnicos no curso da Wikiversidade

*Por Miréia Figueiredo

Nessa semana, tive uma reunião com João Peschanski e Éder Porto para discutirmos algumas questões pendentes do curso de Introdução ao Jornalismo Científico da Wikiversidade. Nos próximos dias, eu e Éder nos ocuparemos em entender bugs em determinadas ações e repensar o design de algumas páginas.

Também ficarei responsável pela descrição do programa do curso, indicando os tópicos abordados em cada aula e os colaboradores. Como, por exemplo, no módulo 1, que tive ajuda de Fernando da Paixão, Osame Kinouchi e Daniel Takahashi para a elaboração do conteúdo.

Éder será encarregado de desenvolver um sistema que ateste a conclusão das atividades feitas pelos estudantes. Será gerado um relatório indicando os dados do estudante inscrito e as respostas de cada tarefa.

O papel do jornalismo científico no combate à desinformação

Foto retirada do site oficial da Intercom

*Por Miréia Figueiredo

Como expresso no meu projeto de ingresso ao CEPID NeuroMat, redigiria um artigo e submeteria a um congresso como parte das atividades da bolsa. Esta etapa foi concluída nesta semana, quando enviei meu artigo “O papel do jornalismo no combate à desinformação científica: uma revisão de literatura” ao Congresso Nacional do Intercom.

A evolução da pesquisa foi contada aqui no blog: desde a definição da questão norteadora passando pela busca através de palavras-chave de artigos relacionados ao tema até a elaboração da síntese do conhecimento. Eu e Fernanda disponibilizamos os dados utilizados, ou seja, os artigos que basearam a revisão de literatura no seguinte link: https://doi.org/10.5281/zenodo.4079409.

A comunicação dos aceites de trabalho acontece no dia 02/11. E, caso eu e Fernanda sejamos aceitas, apresentamos os nossos artigos entre os dias 1 e 10 de dezembro.

Eduardo Vicente situa a produção de podcasts no Brasil

*Por Miréia Figueiredo

Na última reunião da equipe de difusão (24/09), o professor da ECA/USP e investigador associado do NeuroMat, Eduardo Vicente, apresentou um panorama sobre podcasts no Brasil. O consumo nacional ocupa a segunda posição entre os maiores consumidores do formato no mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos.

Partindo de uma contextualização histórica sobre a criação desse modelo de negócio – atribuída ao antigo VJ da MTV Adam Curry –, Vicente indicou dados sobre a situação atual do mercado. Trata-se de uma área em ascensão que, ano após ano, aumenta seu público (majoritariamente, jovem).

Um aspecto que me chamou atenção durante a fala do convidado foram as especificidades do podcast em relação ao rádio. Além disso, fiquei interessada nos diferentes gêneros que podem ser explorados no formato mais novo, podendo variar de uma linguagem narrativa até uma mais técnica.

Os podcasts, ao contrário do rádio que se comunica com um grande público, são um veículo de nicho. Isso explica os mais diversos assuntos abordados por eles. Não consideram uma barreira espacial, como as ondas radiofônicas que alcançam até determinado limite, e por isso podem ser consumidos por um público espalhado em diferentes regiões.

Para muitos, manter-se informado por podcasts têm sido um alívio para o consumo constante de conteúdo através de telas. O formato permite a aproximação de ouvintes e apresentadores e também abre espaço para discussões mais aprofundadas sobre determinados temas.

O tempo dos podcasts parece se diferenciar do tempo da leitura de textos na internet, por exemplo, que segue uma agilidade constante. A apresentação de Vicente iniciou uma conversa sobre o podcast de divulgação científica do NeuroMat, A Matemática do Cérebro, que se encaminha para sua segunda temporada.